PROJETO PEDAGÓGICO

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Um bom projeto pedagógico se organiza em torno de 4 grandes princípios:

1) Dar à criança um conhecimento de Judô que corresponda às suas capacidades fisiológicas e sobretudo psicológicas;

2) Contribuir para o seu desenvolvimento psicomotor visando uma adequação corporal. Será dada prioridade:

– à resistência e à coordenação;

– melhoria do domínio do próprio corpo (esquema corporal, lateralização, destreza);

– os deslocamentos sobre o tatame e colocação em relação ao parceiro;

3) Tornar a criança autônoma;

4) Dedicar uma importante parcela ao jogo.

A criança deverá descobrir o prazer em praticar Judô.

“Não fazemos pequenos especialistas e procuramos entre eles o futuro campeão. Nós temos tempo”.

Se bem que a aplicação dos princípios de trabalho em Judô esteja em constante evolução no mundo, o objetivo é dar ao iniciante um ensinamento básico de Judô.

Os primeiros meses, os primeiros anos são determinantes para a continuação do aluno. Os bons hábitos, os gestos corretos, “a forma do corpo” marcam sua origem desde a primeira lição.

Considera-se que os 3 ou 4 primeiros anos de estudo são o período inicial em que o aluno através de uma prática correta, se prepara para uma segunda etapa com um aprendizado mais adiantado.

O Judô deve ser visto sob um aspecto educativo sem jamais negligenciar o ponto de vista esportivo.

Procura-se elaborar um sistema coerente e fisiologicamente válido de formação e manutenção física, propondo uma escolha entre os outros esportes.

O Judô tem uma vantagem incomparável sobre os outros esportes: a diversidade das técnicas aliada à possibilidade de várias formas de treinamento.

Um sexagenário pode perfeitamente praticar o Judô com um jovem atleta de 20 anos, uma mocinha ou uma criança. Mas cada um pratica um Judô diferente.

Nós veremos então a mocinha praticar um Judô flexível, gracioso, um rapaz treinar mais virilmente com uma gama completa de diversas técnicas; um homem mais velho se especializará na luta de chão, etc.

E a criança? Ela será treinada diferentemente. Ela não deverá começar a pratica do Judô com menos de 4 anos. Antes dessa idade, a forma de treinamento de um corpo e de um espírito tão jovens é forçosamente pouco compatível com as técnicas de Judô.

Uma iniciação mal feita ou apressada pode ser muito perigosa ao crescimento e desenvolvimento da criança. Entretanto,  os resultados colhidos com uma iniciação correta e um treinamento inteligente, são os mais notáveis; assim como para o adulto ele se torna uma extraordinária escola da vida. A criança será assim guiada seguramente para um desenvolvimento total de todas suas faculdades morais e corporais. Pouco apouco a criança adquirirá flexibilidade e resistência ao mesmo tempo em que assimilará as técnicas básicas do Judô.  

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